Histórico

O Parque Estadual “Carlos Botelho” (PECB) situa-se na Serra de Paranapiacaba, região sudeste do estado de São Paulo, ocupando uma área de 37.644,36 ha, com um relevo acidentado, indo de 50 a 975 m de altitude. Abrange partes dos municípios de Capão Bonito , São Miguel Arcanjo, Sete Barras e Tapiraí.

Criado através do Decreto Estadual nº 19.499, de 10/09/1982, o Parque Estadual ‘Carlos Botelho’ tem a finalidade de assegurar integral proteção à flora, à fauna, às belezas naturais, bem como garantir sua utilização a objetivos educacionais, recreativos e científicos, caracterizando-se por ser uma Unidade de Conservação de proteção integral.

Desde então, vem se consolidando como foco de muitos projetos de pesquisa, atraindo pesquisadores de diversas localidades, principalmente por sua característica geográfica peculiar; entre duas importantes bacias hidrográficas – compondo o continuum ecológico de Paranapiacaba, e por apresentar grande número de espécies endêmicas.

Constitui-se como uma unidade de conservação de proteção integral com a situação fundiária totalmente regularizada, sem a presença de moradores em seu interior, sendo que próximo ao parque estão localizadas propriedades privadas, pertencentes a algumas empresas como: Eucatex, Suzano e Minercal.

Além da forte presença de empresas no entorno, há também algumas reservas particulares como: Parque do Zizo, Onça Parda, todas com enfoque de promover o turismo sustentável, entre outras atividades. A instituição do parque foi fundamental para a mudança de estratégias de gestão, que passou a enfocar a conversão ambiental ao invés da exploração econômica dos recursos naturais. A partir dos registros de números de visitantes, nota-se que o período de uso intensivo de visitação corresponde principalmente aos meses de férias escolares. (Ruschmann)

Sua Sede situa-se em região da fácil acesso, à cerca de 200 km da capital, no município de São Miguel Arcanjo-SP.

Principais recursos endógenos, da natureza e da paisagem:

O PECB forma, juntamente com os Parques Estaduais Intervales, Nascentes do Paranapanema, Turístico do Alto Ribeira, e  Estação Ecológica de Xitué, um grande complexo ecológico da Mata Atlântica, abrigando inúmeras espécies em extinção da fauna e flora, tais como o palmito Jussara, o macaco Mono Carvoeiro, o Bugio, a onça pintada, etc.

Apresenta uma rica diversidade de animais e plantas, muitos desses ameaçadas de extinção como a jacutinga (Aburria jacutinga), a onça-pintada (Panthera onca), a anta (Tapirus terrestris), e o palmito juçara (Euterpe edulis).

Além disso, encontra-se abrigado no Parque o maior primata das Américas, o muriqui (Brachyteles arachnoides), cuja maior população localiza-se neste Parque. (Fundação Florestal)

Dos aproximadamente 1.200 monos-carvoeiro existentes no Brasil, mais da metade habita as matas do Parque Estadual Carlos Botelho. Essa espécie, que é o maior primata das Américas, ao lado de outras como a onça pintada, evidencia o grau de conservação dos ecossistemas abrigados nessa reserva da natureza. É também nesse parque que se encontra uma das mais significativas populações de jacutinga, ave que vive exclusivamente em matas de serra alimentando-se, principalmente, de sementes de palmiteiros.

Um passeio no Parque Estadual “Carlos Botelho” propicia o contato direto com a natureza intocada, onde sobrevive uma fauna, cuja taxa de diversidade é uma das mais altas no País. Já foram identificadas mais de 220 espécies de aves, número que, segundo as estimativas científicas, pode alcançar os 400. Algumas espécies como o papagaio, a sabiá-cica, o gavião-pomba e o gavião-pega-macaco, também são indicadoras de matas bem conservadas.

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